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quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Venerável BERTA PETIT, Leiga, Franciscana Secular, Alma Vítima e Apóstola da devoção ao Coração Doloroso e Imaculado de Maria.

Berta Petit, Alma Vítima e Mística.

      Nasceu aos vinte e três de janeiro de 1870 em Enghien, na Bélgica e morreu em 1943. Ela foi privilegiada por visões de Nosso Senhor e da Santíssima Virgem Maria desde a idade de quatro anos. Estas são palavras ditas a ela pelo menino Jesus enquanto traçava uma Cruz na sua fronte, estando ela ajoelhada em frente ao Tabernáculo: “Você sofrerá sempre, mas Eu estarei convosco”.
      Na idade de dez anos recebeu sua primeira comunhão. Os efeitos desta, nunca a abandonaram. Pode-se mesmo dizer que toda a sua vida não foi senão uma preparação à Santa Comunhão com Jesus e uma oração perpétua de ação de graças. Ela sabia passar longos períodos de tempo em oração, meditação e ação de graças após receber a Santa Comunhão.
Sua vocação foi-lhe revelada no dia de sua Primeira Eucaristia. Ela revelou a uma religiosa, sua professora: “Eu devo sofrer muito, eu devo ser como Jesus”. Quem lhe disse isso?, perguntou-lhe a religiosa. “A pequena Hóstia que é o meu grande Jesus”, respondeu imediatamente a criança.
E, verdadeiramente, ela sofreu durante toda a história da sua vida, dores, enfermidades e ossos quebrados. As doenças de Berta fizeram-na chegar próxima da morte diversas vezes, recebendo os Ritos Finais por sete vezes. Mas, pior do que os sofrimentos físicos, Berta sofreu com sofrimentos espirituais, foi continuamente vítima de perseguições diabólicas. Sua alma foi atormentada noite e dia por medos, dúvidas e perplexidades. Ela foi literalmente lançada abaixo, caindo dezoito degraus de escada, pelo demônio e teria morrido senão tivesse sido salva por uma intervenção milagrosa de Nosso Senhor. O demônio a ameaçou, gritando furiosamente: “Eu devo lutar com você até o fim, atormentando as mentes, endurecendo os corações e alimentado as paixões”.
Mas, apesar de todos esses sofrimentos, Berta Petit mantendo a alegria e a doçura, com carinho e grande coragem em todas as dores. Esta humilde alma vítima adquiriu alguma notoriedade pública ao final de sua vida. Poucos foram seus amigos. Sua Eminência, o Cardeal Mercier, um dos poucos que a conheceram pessoalmente, tinha grande reverência por sua santidade e autenticidade pessoais, assim refletidas em sua obediência aos avisos divinos e no pedido de Nosso Senhor para a consagração solene do seu país, ao Doloroso e Imaculado Coração de Maria, e por seus escritos.
Quase cinco anos após os alemães terem deixado Bruxelas, Berta voltou a sua casa unicamente para encontrá-la totalmente destruída. Berta foi obrigada a morar com as Irmãs do Sagrado Coração no convento de Overyssche e viveu com elas por algum tempo. Uma das religiosas, a pedido dos superiores, deveria observar se Berta comia secretamente em seu quarto, porque eles descobriram que ela não comia nada, salvo um pouco de café pela manhã e uma pequena taça de vinho à tarde, que ela logo vomitava. Por um ano inteiro, a religiosa cética observou cuidadosamente tudo o que Berta fazia ou dizia e saiu sem nada testemunhar contra ela, mas possuída de uma grande admiração por essa simples e virtuosa alma. Berta, como foi confirmado, vivia somente da Santíssima Eucaristia, Jesus era seu único sustento. Como a Irmã testemunhou: “O fato que as pessoas viessem a saber que ela vivia sem comida, era uma real mortificação para ela”.
Berta Petit e o sacerdote fruto do sacrifício
    da Venerável Serva de Deus. 
Berta foi chamada a uma dupla missão. A primeira era a de oferecer sua vida de sofrimentos por um bom sacerdote da escolha de Deus, em troca ela desistiria do seu grande desejo de se tornar irmã. Nos seus dias de juventude, ela desejou com todo o seu coração tornar-se Irmã da Caridade de São Vicente de Paulo, mas nunca concretizou este desejo. Sua família viveu tempos difíceis e ela foi forçada a ajudá-los com o seu salário. Quando ainda era uma adolescente Berta ofereceu o sacrifício desde seu sonho a Deus, para que pudesse ser uma fonte de graças para um santo sacerdote, que um dia levaria muitas almas de volta para Deus. O Senhor aceitou sua oferenda. E, a fez saber, que um dia, ela encontraria este sacerdote por quem ela se sacrificou e sofreu.
A segunda e mais profunda missão foi-lhe revelada durante a peregrinação ao Santuário de Santana, na Alsácia; sua grande missão era a de obter a consagração do mundo ao Doloroso e Imaculado Coração de Maria.
Berta sabia que ela não viveria para ver o dia do cumprimento total de sua grande missão dada por Nosso Senhor. No fim de sua vida, durante dores intensas ela repetiu diversas vezes: “Sitio”, isto é, tenho sede. Após ter sida fortificada pelos ritos da Santa Igreja Católica, Berta entrou pacificamente na Mansão Eterna numa sexta-feira, dia vinte e seis de março de 1943.


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