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segunda-feira, 1 de setembro de 2014

SANTA TERESA MARGARIDA DO SAGRADO CORAÇÃO REDI, Virgem Carmelita Descalça (1747-1770)



Santa Teresa Margarida Redi
Ana Maria Redi nasceu na Itália, na cidade de Arezzo, na Toscana, da nobre família Redi, no dia 15 de julho de 1747. Seus pais foram Inácio Fernando Maria Redi e Maria Camila Bal-Lati. Tiveram 13 filhos, Ana Maria foi a segunda. Teve três irmãs religiosas e dois irmãos sacerdotes. Desde muito pequenina, Ana Maria gostava de colher flores para as oferecer a Jesus.
Na adolescência, procurava exercitar cada dia uma virtude. Na juventude, adorava rezar diante do sacrário, onde dizia palpitar não só o Amor, mas o Coração do Amor. Tinha 17 anos quando pensou ouvir uma voz que lhe dizia: “Sou Teresa de Jesus e quero-te entre as minhas filhas”. Foi o seu chamamento ao Carmelo, à “Casa dos Anjos”, como gostava de chamar aos conventos de carmelitas.
Ana Maria Redi foi uma alma contemplativa desde menina. Freqüentemente enchia-se de entusiasmo e questionava: “diga-me, quem é esse Deus”?
Ana Maria, como lírio imaculado, procurava os vales sorridentes do Carmo, onde entrou com 17 anos, no dia 1º de Setembro. No período de Postulando quis Deus conceder-lhe uma doença provocada por um tumor maligno que a fez sofrer muito. Uma vez restabelecida, iniciou o Noviciado, tomando o hábito do Carmo e mudando o seu nome pelo de Teresa Margarida do Coração de Jesus.
Painel da canonização
Durante toda a sua vida viveu o lema: “Escondida com Cristo em Deus”. Mais que “mestra” foi um contínuo e magnífico testemunho de vida espiritual. Foi Apóstola do Sagrado Coração e de Nossa Senhora do Carmo, a quem amou entranhadamente.
Outro lema que lhe era muito caro, com fiel herdeira do espírito do Carmelo era “padecer e calar”.
Teve uma particular experiência contemplativa, fundada na palavra do Apostolo São João: “Deus é Amor”. O mistério da Cruz e os espinhos que rodeavam o Coração de Cristo atraíam-na fazendo-a humilde, alegre e caridosa. No dizer das Irmãs, era um anjo do Céu no convento, em Florença.
Viveu no amor e na imolação de si mesma e atingiu, rapidamente, a perfeição, no serviço constante e heróico de suas Irmãs.
Conforme um de seus biógrafos, ela pertence a mais pura estirpe espiritual sanjoanista. A chama obscura do amor infuso que abrasa, consume, ilumina e dirige toda a vida, fazendo-a tocar o centro da vida trinitária, de onde se abre o mais ardente apostolado contemplativo.
Também foi uma grande mística que para tanto usou dois meios: uma vida de dura ascese e intensa caridade fraterna.
Assimilou com perfeição os ensinamentos de Santa Margarida Maria Alacoque sobre o Sagrado Coração de Jesus e viveu-os de modo bem pessoal, até chegar à intimidade com a Santíssima Trindade.
Soube cobrir com as cinzas da santa humildade seus dons naturais: nobreza, cultura e inteligência. Conservou no mais profundo silêncio as graças que recebia de Deus, dissimulando continuamente todo ato de virtude. Teresa Margarida encontrou na meditação da Paixão de Cristo e no seu Coração o segredo da sua pureza, simplicidade, amor e caridade.

No dia 4 de Março de 1770, pediu ao confessor que a ouvisse em confissão geral, pois queria, no dia seguinte, comungar tão preparada como se fosse a última vez. Assim foi, de fato; nesse dia, 05 de Março, depois de comungar fervorosamente, caiu doente. A doença degenerou em gangrena que lhe provocava dores horríveis e insuportáveis. O Crucifixo, que sempre teve nas mãos foi a sua força. Morreu dois dias depois da doença se ter declarado. Faleceu aos 23 anos, em Florença, no dia 7 de março de 1770. Expirou com a cabeça inclinada e abraçada ao seu crucifixo.

O Papa Pio XI a beatificou no dia 9 de junho de 1929 e a canonizou no dia 12 de março de 1934.

A seu respeito, disse o Papa Pio XII: “Santa Margarida, ardente do amor divino, mais se assemelhou a um anjo que uma criatura humana, podendo assim ajudar muitas almas a alcançar a virtude”.


PENSAMENTOS DE SANTA TERESA MARGARIDA REDI

“Jesus, Vós já sabeis que não ambiciono outra coisa, se não ser uma vítima do vosso Sagrado Coração, toda consumida em holocausto pelo fogo do vosso Santo Amor, e para isso Vosso coração deve ser o altar onde se realizará essa consumação de mim, em Vós. Oh! Meu Esposo Amado, Vós sereis o sacerdote que imolará esta vítima nos ardores do vosso Coração Santo”.

“Quanto mais pobre e miserável me vejo, mais rica e forte sou em Deus”.

“Vim ao Carmelo para vencer na corrida do amor”.

“Confia em Deus! Confia em Deus! Ele é tão bom, Ele deseja tanto o nosso bem! Ele jamais nos abandonará, não duvidemos disso”.

“Já vejo que tomais o caminho para o calvário... Eis a vossa esposa que prontamente vos segue... Se, meu Deus, outro desejo não tenho a não ser tornar-me uma perfeita cópia de Vós, e como a Vossa vida não foi senão uma vida escondida de humilhação, de amor, de sacrifício, assim, de agora em diante, deve ser a minha. Por isso: agora e para sempre pretendo encerrar-me no vosso Amabilíssimo Coração, como um Deserto...”

“Deus será tanto mais glorificado em sua misericórdia, quanto mais vil e desprezível sou em meu próprio nada, em meus pecados e em minhas fraquezas”.

“Quem mais recebe de Deus, muito mais é obrigado a corresponder”.

“Deus jamais falhará em dar-vos ajudas especialíssimas, pois ele não é escasso com aquele que o serve fielmente”.

“Recordemo-nos de que não obteremos nada na via da santidade senão combatendo”.

“Deus está sempre presente em nós e sempre pensa em nos beneficiar”.

“Se queremos ser santas, trabalhemos e soframos em silêncio, tendo sempre nossas almas em paz”.

“Que bela coisa pedir a quem tem tanta vontade de dar-nos!”

“Com nosso bom Papai, basta abrir a boca e mostrar-lhe simplesmente nosso desejo para sermos ouvidos!”

“De qualquer maneira que vão as coisas, tudo irá bem, já que o bom Deus dispõe sempre o melhor para nós”.

“Adoremos continuamente no segredo do coração a augustíssima Trindade, que aí habita”.

“Quando não se pode encontrar remédio para as coisas, as melhores coisas são o silêncio e a oração". 



  Corpo incorrupto de Santa Teresa Margarida Redi

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