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Encontre o (a) Santo (a), Beato (a), Venerável ou Servo (a) de Deus

sábado, 6 de dezembro de 2014

Beato Alberto Marvelli, jovem leigo. Dois textos biográficos.


Primeiro texto biográfico:

Alberto Marvelli nasce no dia 21 de março de 1918 em Ferrara, segundo de sete filhos. Quando se transfere a Rimini com a família, começa a freqüentar o Oratório salesiano. Sempre disponível, torna-se catequista e animador: o braço direito dos Salesianos. Gosta de esportes e pratica de tudo.

Toma como modelos Domingos Sávio e Pier Giorgio Frassati.

Aos 17 anos escreve em seu diário um projeto de vida que irá renovando com o passar do tempo. Entra no grupo oratoriano da Ação Católica tornando-se logo seu presidente paroquial.

Presta serviço na Igreja de Rimini como vice-presidente diocesano da Ação Católica. Estudante de engenharia em Bolonha, participa ativamente da FUCI, permanecendo fiel, com sacrifício, à Eucaristia quotidiana. Forma-se em 1942 e começa a trabalhar na Fiat de Turim. Faz o serviço militar em Trieste e consegue levar muitos de seus companheiros à Eucaristia.

Durante a Segunda Guerra Mundial torna-se apóstolo entre os refugiados e uma verdadeira providência para os pobres. Depois da entrada dos aliados em Rimini, é nomeado assessor municipal junto ao ofício de alojamentos e reconstrução e engenheiro responsável pela engenharia civil: "Os pobres passem por primeiro - dizia -, os outros podem esperar". Aceita participar das eleições nas listas da Democracia Cristã. É reconhecido por todos como cristão empenhado, mas não faccioso, tanto que um adversário comunista dirá: "O meu partido pode até perder. Basta que o engenheiro Marvelli se torne prefeito". O bispo nomeou-o presidente dos laureados católicos.

A devoção mariana e a Eucaristia foram realmente as colunas da sua vida: "Um mundo novo foi aberto para mim ao contemplar Jesus sacramentado – escreve em seu diário. Sempre que me aproximo da santa Comunhão, sempre que Jesus em sua divindade e humanidade entra em mim, em contato com a minha alma, é um acender-se de santos propósitos, uma chama que queima e que consome, mas que me torna muito feliz!".
Morreu atropelado por um caminhão militar no dia 5 de outubro de 1946. Foi, como queria Dom Bosco, bom cristão e honesto cidadão, empenhado na Igreja e na sociedade com coração salesiano. Na juventude fez seu o lema: Ou viver subindo ou morrer.

Loreto – Itália – 5-9-2004 - Beatificação do Ex-aluno Salesiano Alberto Marvelli.



Segundo texto biográfico (mais completo):


“Jesus passou e tinha fome”

A família Marvelli estabelece definitivamente em Rimini em junho de 1930, depois de haver peregrinado por várias cidades em decorrência do trabalho de papai Alfredo, Diretor de banco. Habitavam uma residência de frente ao mar construída alguns anos antes, em um período de condições financeiras favorável. A residência ficava distante do centro da cidade: praia deserta e mar límpido, o ideal para uma família com muitos filhos.
Alfredo Marvelli e Maria Mayr foram unidos pelo matrimônio em 23 de janeiro de 1916, na sua cidade natal, Ferrara. Em Ferrara nasceu Alberto em 21 de março de 1918. Adolfo, Carlos Raffaelo nasceram em Rovigo; Giorgio e Gede nasceram em Rimini.
Um outro filho, Giorguno, foi morto com apenas 3 anos de idade, atropelado por um automóvel.
Papai Alfredo e mamãe Maria são dois genitores exemplares, não somente pela fervente prática religiosa, mas também pelo empenho político, eclesial, caritativo. Um cristianismo vivido em toda à sua dimensão, com coragem e firmeza, até diante das perseguições do fascismo que relegaram papai Alfredo à margem da sociedade por não estar inscrito no partido fascista.
Papai Alfredo é dirigente dos homens da Ação Católica e presidente da Conferência de São Vicente de sua paróquia. Mamãe Maria ensina catecismo; trabalha com as Damas da Caridade e colabora com a Associação de “Proteção aos Jovens”.
Mas, sobretudo, a casa dos Marvelli é um centro de caridade. A pouca distância da residência surge uma vilarejo de pobres pescadores, horticultores, pedreiros, lavradores de jornada. Todos buscavam à porta da casa Marvelli e ninguém saía dela de mãos vazias. Acontecia às vezes que na mesa, para os seus filhos, retornando da escola, existisse pouco mais que o primeiro prato. Passou Jesus – dizia a mamãe – tinha fome e nós demos aquilo que era de vocês. As crianças compreendiam que por ali haviam passado muitos pobres. Alfredo e Maria desprendiam em obras de caridade grande parte do que recebiam. Alberto e os irmãos foram educados neste clima sereno e cristão, enriquecido do amor recíproco, da oração e da caridade.
Repentinamente em 07 de março de 1933, papai Alfredo cai gravemente enfermo e apenas três dias depois morre de meningite. Mamãe Maria fica sozinha a guiar uma numerosa família. A inevitável limitação econômica não diminui o ardor de sua caridade.


Ouvimos a opinião de Alberto

Na paróquia de Maria Auxiliadora, mantida pelos Salesianos, paróquia na qual habita a família Marvelli – há um florescente oratório, freqüentado por quase todos os jovens da região. Alberto se matricula imediatamente na Juventude Católica Italiana do Círculo “Dom Bosco” e começa a freqüentar o oratório salesiano, onde se vivem uma atmosfera de grande fervor religioso e uma vida serena e alegre, rica de múltiplas atividades: do esporte ao divertimento, da excursão ao teatro.
A ação formadora da família, se une agora com do oratório. O molde da formação humana, apostólica, espiritual de Alberto é salesiana.
Alberto tem apenas 15 anos, mas os salesianos compreendem que ele tem uma vocação inato, transformando-o em delegado aspirante e generoso animador do oratório. Trabalha com máximo empenho em meio aos jovens, animando-os entre uma justa visão do jogo e do divertimento. Ora com recolhimento, manifesta compromisso, caridade, serenidade e pureza.
É inteligente, dotado de boa memória, pacífico, porém, dinâmico, forte de caráter, generoso, animado de um profundo senso de responsabilidade e justiça. Graça a sua qualidade humana tem um forte predomínio nos companheiros, sendo estimado por todos pela sua virtude. Todavia não nasceu com asas e nem auréola, a conquista disso será gradual e difícil.
Agora todas as atividades do Oratório estão sobre sua responsabilidade. Todos tem para com ele uma grande confiança, tanto que os assistentes do oratório antes de tomarem qualquer decisão diziam: “ouvimos primeiramente a opinião de Alberto”.



Antes morrer que pecar

Depois da morte de seu pai, em 1933, Alberto começa a escrever um Diário no qual anota sentimentos, propósitos e aspirações. É a história de seu caminho espiritual, da sua vida interior, da sua experiência com Deus e de sua oração.
No Diário não tem recordações de suas múltiplas atividades, todas as atenções são voltadas para o Senhor. São páginas de colóquios íntimos e de adorações intensas. A partir deste momento Alberto inicia um caminho espiritual pessoal, que terá como força motora a luta contra o pecado, a consagração ao Coração Imaculado de Maria, um sério e detalhado programa de vida espiritual que compreende: oração, visita ao Santíssimo Sacramento, comunhão freqüente, rosário recitado todos os dias, meditação, exame de consciência, luta contra as faltas mais graves e fazendo apelo também para qualquer penitência física e confissão freqüente.
Escreve no Diário: “Não se pode ter uma vida dividida, não se pode conciliar Jesus e o diabo, a graça e o pecado. Então eu quero ser todo de Jesus, todo seu. Se até então tenho sido um pouco incerto, a partir de agora não devo ter mais incertezas. A via é segura, cheia de sofrimento, mas não mais pecar. Jesus! melhor morrer que pecar, ajuda-me a manter esta promessa”.
Alberto decide encaminhar-se sobre a via da perfeição, através de uma total entrega a Cristo, decidida e alegre, que brota de um coração límpido e rico de graça, de uma vontade forte e decidida.


A vida é ação, é movimento.

Em 1935, quando Alberto tinha apenas 17 anos, o irmão mais velho Adolfo deixa a família para entrar na Academia Militar de Turim. Alberto se torna o chefe da família, e mamãe Maria tem a máxima confiança nele. Sente forte esta responsabilidade, também para com os irmão menores para isto, escreve no Diário “devo ser melhor, mas paciente, mais puro”.
No Liceu clássico estuda com dedicação e disciplina levando o estudo com seriedade e responsabilidade. Está sempre entre os melhores da classe. Tem uma forte tendência para as ciências exatas, nas quais traz as melhores notas, mas também ama a poesia e a literatura. Na classe composta de doze alunos, emergem suas qualidades morais: a disponibilidade para ajudar os companheiros e a lealdade para com os professores. Se algum professor às vezes pronunciar algum erro sobre o pensamento cristão, na presença da classe, com bondade corajosa exortava o professor a mudar sua impressão.
Esta sua lealdade e liberdade de espírito é muito apreciada e lhe vale a estima dos professores.
Uma vez, quando toda a classe teve uma nota disciplinar coletiva, convenceu os verdadeiros culpados à apresentar-se ao diretor, porque não era justo que os outros fossem punidos por causa deles. Freqüentava também o Liceu, Federico Fellini, o futuro registra, que conservará dele uma cara lembrança e uma grande estima.
Alberto amou o esporte. Todos os esportes: tênis, voleibol, atletismo, ciclismo, natação e vela. Tinha um forte físico, robusto e saudável, mas considerava o esporte com um meio para aperfeiçoar certas qualidades do caráter, para dominar a preguiça e para fortificar a personalidade. O esporte mais praticado era o ciclismo. Em bicicleta andava até Bolonha, Arezzo, Florença, no Bergamasco. Pedalava quilômetros e quilômetros, impelido da amizade, do apostolado e da necessidade. Era capaz de percorrer mais de cem quilômetros em um só dia.

Beato Alberto praticando ciclismo


O santo jovem praticando vôlei. 


Escreve no seu Diário: “A vida é ação, é movimento, a minha vida também deve ser ação, movimento contínuo sem parada: movimento e ação, servirão ao único fim do homem: salvar-se e salvar”.
Mais o esporte mais amado era as excursões nas montanhas. “Se eu não amasse Deus, creio que chegaria à amá-lo estando na montanha. Que paz! Que serenidade! Que beleza! Tudo aqui fala de Deus. É impossível não reconhecer a obra do Criador”.
A contemplação da montanha o eleva à meditação do Absoluto e abria o seu coração ao desejo de bondade e de pureza. Alberto desejava a pureza como meio de comunhão com Deus, por uma necessidade de coerência consigo mesmo e de radicalidade evangélica. A pureza não é somente o domínio das próprias paixões, mas é um novo modo de viver, de sentir, é separação, humildade, desejo do céu, contemplação.
“Como é belo está puro, quanta simplicidade no pensamento, como se contemplasse a obra de Deus!… Mas sobretudo um coração puro gosta da alegria da alma, da união íntima e contínua de Deus, da contemplação de sua aparência debaixo das espécies Eucarísticas !


O Beato (à esquerda) com
companheiros da Ação
Católica.
Sinto amar sempre mais esta nossa Ação Católica

Alberto Marvelli tinha aderido à Ação Católica em 1930, entrando a fazer parte do grupo “Fanciulli cattolic” (meninos católicos) e ai permaneceu até a morte.
Uma longa militância, entusiasmada, ativa e responsável, chegando a acumular no curso dos anos vários cargos: delegado aspirante, presidente do círculo de sua paróquia, secretário diocesano, delegado diocesano e regional dos estudantes e vice-presidente diocesano. Até o momento da morte era também presidente dos Profissionais Católicos.
Alberto amava a Ação Católica. Vivê-la intensamente. Difundi-la com entusiasmo. Compreendia a importância que tinha para os jovens de pertencer a uma associação comunitária; viver junto a experiência de Deus e do apostolado, era a certeza de não se perder.
Depois de haver conseguido o diploma do 2º grau, escreve em seu Diário: “Espero que seja o princípio de uma nova e mais intensa atividade na Ação Católica”.
E ainda: “Quanto de nós jovens devemos a esta Juventude Católica, a nossa Associação, ao nosso Pontífice”. “Todo o nosso patrimônio espiritual, a nossa verdadeira vida”.
Alberto trabalhava muito para Ação Católica: sempre em visita às associações paroquiais, sempre presente aos retiros zonais e diocesanos e nas reuniões diocesanas, regionais e nacionais. Em agosto de 1938 participou, em Mondragone, da semana nacional dos dirigentes e de lá retornou entusiasmado. Em toda a cidade na qual ele se encontrava (Bolonha, Milão, Turim, Treviso) se inseria sempre na Ação Católica e participava de várias atividades.
Os companheiros recordavam que ele andava orgulhoso de portar no peito o distintivo da Ação Católica, principalmente nos anos que era particularmente proibido pelo regime fascista.
Uma vez reprovou severamente um amigo que havia jogado fora seu distintivo por temor de seu professor fascista.
É na Ação Católica que Alberto realizava a maturidade do seu caminho espiritual e a sua vontade de fazer-se santo. “O meu programa – escreve no Diário – compreendia em uma palavra: santo. A esta palavra, que diz já tudo, desejo ajuntar aquela do apostolado, enquanto como jovem da Ação Católica é minha obrigação imperiosa fazer apostolado sempre e em todo lugar”.
“Nós jovens da Ação Católica temos uma dupla responsabilidade diante de Deus e diante do mundo, porque pertencemos à Igreja por um duplo laço: pelo o batismo e pela Ação Católica, que é a mesma Igreja”. A Ação Católica foi o lugar principal no qual Alberto educou a sua juventude à generosidade, ao compromisso e à santidade.



Desejo pela Eucaristia

Conseguindo o diploma do 2º grau em 1936, com ótimas notas, Alberto matricula-se na Universidade de Bolonha no curso de Engenharia Mecânica. O período universitário assinala uma virada e uma nova abertura na sua formação espiritual, cultural e política. Neste período alcança uma solidez espiritual e desenvolve uma riqueza de dons que o acompanhará desde uma vida de contemplação até uma intensa vida de ações.
Escreve em 1937: “Desta mesa, ó Senhor, uma outra vida, a verdadeira vida se inicia e desejo à todo custo segui-lo”. Aspiração pela a pureza, desejo de apostolado, desejo da Eucaristia, necessidade de vida interior, de recolhimento, de estudo, de santos e nobres propósitos, de constância nos bens, de singeleza nas funções exercidas.
Para Alberto a Eucaristia, sentida como presença viva de Deus na história do mundo, é a fonte da qual buscava força e energia para os incansáveis compromissos com os outros. Recebia a Eucaristia todos os dias desde os 15 anos. Tinha plena consciência da grandeza do mistério eucarístico: depois de ter recebido a Eucaristia passava um longo tempo na igreja, de joelho, recolhido e imóvel. Alberto é enamorado da Eucaristia. “Toda as vezes que me aproximo da Santa Comunhão, todas as vezes Jesus na sua divindade e humanidade entra em mim, é uma inflamar de santos propósitos, é como um fogo que arde e que entra no meu coração, como uma chama que queima e que consome, mas que me rende de coisas felizes. Então me abandono totalmente a um colóquio íntimo com Jesus, a minha humanidade desaparece, poderei dizer: Ele está dentro de mim.
Alberto desfruta da presença de Cristo, mas quando lhe adverte que o mundo ao seu redor está sob o sinal da injustiça, da pobreza, do pecado, então a Eucaristia lhe dá força para empreender um trabalho de redenção, de libertação, capaz de humanizar a face da terra.
Para receber a Eucaristia Alberto faz cada sacrifício: muitas vezes se refugia na Igreja de São Bartolomeu em Bolonha, depois das aulas, até doze e trinta, para aproximar-se da Santa Comunhão. Faz jejum pela meia-noite e enfrenta à viagem de trem até Rimini. Na universidade decide inscrever-se à FUCI e torna amigo de muitos jovens idôneos e empenhados como ele. Na FUCI encontra uma religiosidade muito aberta: se dá largo espaço à meditação da Sagrada Escritura e à recita de cor. Além disso, naquele período não era consentido algum debate político; através da leitura, encontros, aprofundamentos culturais, a FUCI vinha educando os valores mais importantes da política: a democracia, a liberdade, a solidariedade, que foram a arma espirituais e culturais da resistência ao fascismo. Alberto viveu este período cultural e espiritual com intensa participação e dele recebeu um notável influxo.
Quando em 1938 a Itália criou as leis contra os judeus, Alberto participando de um debate na Universidade, apresentou corajosamente posição contra tal lei, pondo em aberto sua oposição com as diretivas do regime fascista.
No período universitário teve de conciliar estudo e trabalho. No verão, por alguns meses, trabalhava nos vários engenhos de Ravena, para manter-se nos estudos. Conseguindo se formar nos cincos anos prescrito, com ótimas notas.


NO TURBILHÃO DA GUERRA
“Faz a guerra desaparecer sempre do mundo”

Oito dias após a formatura, Alberto está em Trieste, para prestar serviço militar junto ao 5º Centro Automobilístico, na qualidade de Cadete Oficial. A Itália está em guerra desde 10 de junho de 1940.
Uma guerra que Alberto condena abertamente definindo-a “um momento catastrófico da vida social”. Escreve em seu Diário: “Todos os homens falam de paz, desejam a paz, mas poucos são aqueles que, como o Papa, trabalham para isso, para mantê-la, para fazê-la retornar. Quantas vidas se sacrificam, quantos jovens se vertem em sangue, quantas dores que se renovam!” . “Jesus, protege a Itália, preserva-la de uma queda total: faz a guerra desaparecer sempre do mundo.”
Junto a caserna Alberto se encontrava em um ambiente difícil. Às blasfêmias, à vulgaridade, a imoralidade se acrescenta a raiva pelo longo serviço militar e incerteza do futuro.
Alberto põe imediatamente ao trabalho. Aproxima dos recrutas e oficiais, os membros da Ação Católica e quantos outros que estivessem dispostos a dar testemunho de fé com coragem, organizando encontros formativos e participando da Missa.
Aproxima de todos com sincera amizade, amizade feita de generosidade e de altruísmo. Colocar-se ao lado, servir e testemunhar este era o seu estilo. Quando chegavam os novos recrutas, era capaz de vigiá-los todas as noite, para evitar piadas pesadas do quartel, posto no ato pelo os mais velhos.
Um dia um companheiro adoeceu de febre amarela e foi internado no hospital. Durante o período que ficara doente, Alberto dedicou o seu tempo livre para assisti-lo.
Em 2 de dezembro de 1941, recebe a baixa do serviço militar, porque tem outros dois irmãos no exército.



A vida é uma passagem, um contínuo andar

Retorna a Rimini, poucos dias depois teve de deixar para ir a Turim, porque o irmão Adolfo conseguiu para ele um emprego junto a FIAT.
Escreve no Diário: “Estou em Turim a trabalhar na FIAT. Por quanto tempo, só o Senhor sabe. A vida é uma passagem, uma viagem, um contínuo andar. Quando posso parar?”
Alberto trabalha no escritório de elaboração de projetos. Se ocupa do “mitica Topolino”, o FIAT 500, sempre em fase de idealizações. Depois para o escritório técnico de auto-veículos ferroviários. Trabalha com empenho e seriedade. Os dirigentes da FIAT, o apreciam e o estimam como “um bom técnico”, interessado no trabalho apesar das penosas circunstâncias em que se desenvolvem por causa da guerra”. Como é de hábito, faz imediato contato com a Ação Católica e conhece Luigi Gedda e Carlo Carreto.
Participa das atividades dos Vicentinos e vai visitar os pobres nos bairros populares da cidade. A vida na fábrica não diminui o seu dinamismo apostólico, visita diversos grupos da Ação Católica, aproxima dos rimeneses que se encontram em Turim, para ajudá-los e oferecê-los sua amizade.
Mas o trabalho na FIAT não lhe entusiasma. Para Alberto, habituado a uma vida dinâmica, permanecer o tempo todo por trás de uma escrivaninha é uma verdadeira penitência. Assim, pensa em pedir demissão.
Em outubro de 1942 retorna a Rimini.



“Obrigado Senhor pelo sofrimento que me enviaste”

A permanência em Rimini dura apenas seis meses, nos quais se dedica à atividade profissional e ao ensino de matemática técnica junto à Escola Industrial “L. Batista Alberti”. Em março de 1943 vem uma convocação do exército, como sargento, no quartel de Dosson, vizinho a Treviso. Estando agora de volta ao ambiente difícil e de nível moral muito baixo dos soldados. Alberto não se desencoraja, desenvolve como havia feito em Triste, um intenso apostolado que tentará eliminar as blasfêmias e imoralidade, a despertar em muitos o senso da fé.
Em Dosson ele recebe a notícia da morte do irmão Lello, ferido heroicamente sobre o fronte russo. Lello, entre os irmãos, era o mais caro a Alberto, pelo seu bom caráter e pela sintonia de idéias.
Imensa foi a dor de Alberto. A morte de Lello foi para ele ocasião para uma profunda reflexão sobre a dor humana, sobre a fé, sobre a vontade de Deus. Ficou para Alberto comunicar a notícia ao irmão Carlo, prisioneiro no Egito. “… pensando que todo sofrimento e toda a dor tem seu lugar na economia divina, elevemos um pensamento de gratidão a Deus, e do profundo do coração. Obrigado, ó Senhor, pela vida que me deste, pelo sofrimento que me enviaste, pelo sacrifício que me exigiste. Faz que não passe em vão a minha vida, mas deixe uma saudável e profunda firmeza, e fortaleça o meu propósito de completar todas as ações para a sua glória.”





Jesus proteja a Itália

Em 1943 é um ano decisivo para a Itália e para o mundo inteiro: a queda do fascismo em 25 de julho; a dispersão do exército em 8 de setembro e a conseqüente ocupação alemã do Território italiano.
Alberto segue com atenção e sofre com estes acontecimentos. Escreve à uma amiga Marilena: “Cada dia que passa se acumulam os massacres, as dores e os sofrimentos com um crescente medo.”
Depois de 8 de setembro Alberto se achou a dizer: “ou ficar prisioneiro dos alemães e continuar apoiando-os na guerra contra os italianos ou escapar e passar para a parte da resistência.” Decide por uma “ resistência diferente”: retornar para a casa e trabalhar para aliviar as misérias e as dores causadas pela guerra. Alberto não quis ser partidário por uma escolha precisa de não violência, por afirmar-se em outro modo, através da caridade operante, o respeito do homem e da sociedade a todos os perseguidos. Desta maneira decidi retornar a Rimini.
Para impedir a deportação para a Alemanha, era já iniciada os mortais recolhimentos dos homens para a produção bélica alemã, Alberto pensa em trabalhar no TODT, uma organização paramilitar, controlada pelos alemães, que tinha a tarefa de reforçar a famosa “linha gótica” com o objetivo de impedir o avanço das tropas aliadas para o norte.
A intenção de Alberto era de impedir a deportação de vários jovens, de salvar muitas vidas. Graças a um ‘salvo-conduto’ dos alemães, tinha muita liberdade de ação. Quando sabia de “captura”, conseguia com que escapasse muitos jovens. E ainda procurava documentos e “salvo-condutos”. Foram tanto os amigos que ajudou servindo-se de sua posição. Mas uma atividade tão intensa não poderia despertar suspeita: os alemães sabiam qual era o seu trabalho e, o capturaram juntos com dezesseis outros jovens, foram recolhidos na cordoaria de Vserba, para ser enviados a Alemanha.
Com uma hábil estratégia para a fuga. Uma vez liberto, pensa em libertar também todos os outros, neste ínterim tinha sido trazidos à estação de Santo Arcângelo, em vagões chumbados, para ser enviados à Alemanha. Enquanto discutia com os soldados alemães, apresentando à eles documentos falsos, um providencial alarme aéreo, seguido de metralhada, tudo se transforma numa grande confusão. Alberto aproveita a ocasião para abrir os vagões fazendo-os fugir. Retornou para casa depois de três dias, com o terno rasgado, manchado de lama, os pés sangrentos: os sapatos tinha dado a alguém que teve que ir mais distante.



“Mamãe tu sabes que sempre retorno”

Em primeiro de novembro de 1943 se abate sobre Rimini o primeiro bombardeio. O início de um martírio que durará até 21 de setembro de 1944, com 396 incursões aéreas e 15 navais. Rimini é 82% destruída. As pessoas saem da cidade; muitos ficam nas periferias, outros fogem para mais longe.
Alberto providencia acomodação para sua família em Vergiano, a cinco quilômetros de Rimini. Mas sua caridade não se firma somente à sua família, o seu coração bate por todos e, em cada refugiado vê um irmão. De Vergiano, após finalizar cada bombardeio, era o primeiro a sair ao encontro para acudir e socorrer os feridos, encorajava os sobreviventes, assistia os moribundos, retirava os escombros daqueles que tinham sido esmagados ou tinham sido enterrados vivos.
Mas necessitava fazer algo mais. Alberto começo a visitar os camponeses e comerciantes. Comprava todos os gêneros alimentícios, carregava sua bicicleta de cestas com os víveres, e se dirigia àqueles que sabia que tinham fome, doenças e necessidades. Era muito perigoso andar pela a estrada, devido os contínuos bombardeios e as explosões de granadas. Para aqueles que o faziam notar que ele tinha se exposto a sérios perigos, Alberto lhes dizia: “Quando houver necessidade é preciso arriscar”. A noite, Alberto retornava a casa sujo de lama e as vezes todo encharcado de sangue. À sua mamãe que o recebia toda preocupada, dizia ele sorrindo: “De que coisa tem medo mamãe? Não me ensinaste que quando se encontra na graça de Deus, não se deve temer nunca? Tu sabes que eu sempre retorno”. Em realidade corria sérios perigos e muitas vezes voltava para casa ferido por estilhaços de granadas.
Dava tudo para os necessitados e a escassez que ele via de perto, não lhe permitia ter algum apego as coisas. Doava seus sapatos, suas vestes, sua coberta de lã, redes, colchões, panelas e caçarolas.
Sua mãe testemunhava todo seu empenho de caridade e não o dissuadira do seu compromisso de vida espiritual. Não repousaria antes de haver recitado o rosário, ajoelhado ao lado da cama e todos os dias se aproximava da santa comunhão.
No verão de 1944 a frente aliada se aproximava: estava somente a trinta quilômetros de Rimini, os refugiados que estavam sobre as colinas ao redor de Rimini, não se sentiam mais seguros. Todos procuravam refúgio na vizinha República de San Marino, confiando na sua rigorosa neutralidade, que não seria verdadeiramente respeitada. Alberto também conduz sua família a San Marino, depois de haver sistematizado fazer várias vezes o trajeto Rimini – San Marino para poder salvar muitas outras famílias.
A pequena República que normalmente contava com 14.000 habitantes, agora tinha 120.000, amontoados em lojas, escadarias e nas galerias de trem. Como providenciar víveres para todos? Alberto se coloca à disposição do Comissário Governativo e organiza uma vasta obra de assistência.
Desviava das bombas e das granadas na vizinha cidade do norte para procurar farinha, leite, marmelada e vários enlatados. Assistia em particular os refugiados nas galerias, distribuindo-lhes pães, remédios e colchões. A noite passava recitando o rosário em voz alta e todos rezavam com ele.
No dia 27 de setembro os aliados ocupara Rimini, vencendo as últimas resistências dos alemães. Os refugiados emergem dos seus esconderijos e tomam a via de retorno às suas casas.



VIVER NA HISTÓRIA
“Servir é melhor do que fazer-se servir. Jesus serviu”

No momento da libertação, Rimini não é somente um acúmulo de escombros, mas é uma cidade a deriva. Quando se instala o primeira junta do Comitê de Libertação, Alberto Marvelli está entre os assessores. Não está inscrito e nem é partidário de nenhum partido, mas todos reconhecem o enorme trabalho de assistência que prestou aos refugiados.
É o mais jovem e tem apenas 26 anos. A solidez em enfrentar os problemas, a coragem nas situações difíceis, a disponibilidade sem limite, o fizeram popular. A ele lhe é confiado os mais completos e difíceis trabalhos: o escritório de alojamento e reconstrução, uma seção da Prefeitura. O prefeito o nomeia comissário para a sistematização do rio Marecchia e presidente da divisão Montecatini. Ele funda a Cooperativa dos Trabalhadores da Construção Civil de Rimini, para dar trabalho a muitos desocupados. Volta a ensinar no Instituto Técnico e continua tendo uma intensa atividade caritativa entre todos os pobres e deserdados.
“Servir é melhor do que fazer-se servir. Jesus serviu!” – escreve no seu Diário. É com este espírito que enfrenta os seus compromissos cívicos. Alberto torna um reconstrutor apaixonado pela cidade, que não economiza energia, porque compreende e sofre com as necessidades, as urgências, o desespero das pessoas que estão sem moradias. Empenhado na difícil tarefa de reconstrução da cidade, foi reprovado por alguém, porque não ter tido mais tempo para dedicar as atividades eclesiais. Alberto responde com simplicidade: “Também isto é apostolado”, reafirmando assim a sua vocação de leigo empenhado no mundo.
Alberto era convicto que se pode realizar a própria santidade no compromisso com o mundo no trabalho, na profissão, na família, no estudo e em todas as situações. Trabalhando para que a convivência social seja sempre inspirada no Evangelho e no serviço ao homem.
Não obstante o imenso volume de trabalho, não corre o risco de ver empobrecida a sua vida interior. Alberto aspira uma “espiritualidade de ações” e sustenta a sua atividade com a oração e a Eucaristia. A sua ação brota do seu rico mundo interior e se traduz em “atividade orante”, não é fragmentada, mas unida profundamente entre oração e ação.


“A Caridade política”

Quando em Rimini reavivem os partidos políticos recebe um convite de Benigno Zaccagnini, para inscrever-se na Democracia Cristã. Sente e vive o seu compromisso na política como um serviço à coletividade organizada: a atividade política podia e deveria tornar-se a expressão mais alta da fé vivida. Alberto bem recordava as palavras de Pio XI: “o campo político é o campo de uma caridade mais vasta, a caridade política”.
Agora para Alberto abre-se um novo campo de trabalho, a qual necessitava dar o próprio tempo e o próprio sangue. A idéia chave. Escreve no seu Diário: “O Evangelho e as encíclicas pontífices deve ser a norma de vida não somente individual, mas dos povos, das nações, dos governos, do mundo.”
“Para apoiar a liberdade não se faz necessário os canhões, mas a graça de Deus, a pureza e a santidade da consciência.” Alberto em meio às dificuldades da situação política – encontrava diante de dois partidos de massa, DC e PCI – soubera encontrar uma atitude justa: apaixonado defensor dos princípios inspiradores de seu partido, tinha se afastado de cada tendência. Sempre alcançara sucesso no final dos comícios, como também nas zonas mais “vermelha” da periferia.
Até dentro do partido, diante dos inevitáveis contrastes, era elemento insubstituível de equilíbrio. Depois das eleições administrativas de 1946 escreve: “Não existia nada para as eleições, devíamos trabalhar em profundidade. Necessitava trabalhar na graça de Deus.”



“Sejais vós os verdadeiros doadores”

Em 1945 o Bispo o chama para dirigir os “Profissionais Católicos”. O seu compromisso se podia sintetizar em duas palavras: cultura e caridade”
Inicia convocando toda a cidade, a um sério trabalho cultural, orientado a uma tomada de consciência para o significado humano da liberdade e da democracia. Os denominadores comum é a visão cristã dos fatos culturais e a inspiração cristã da vida.
Abre um restaurante para os pobres, para todos os marginalizados, mendigos, abandonados, sem teto. Os convidam para a Missa, ora com eles, no restaurante além de oferecer um prato de sopa escuta suas necessidades.
Na Páscoa organiza um almoço para eles e no final lhes dirigem estas palavras: “Não somos nós que doamos. Os verdadeiros doadores sois vós que com vossos sofrimentos e dificuldades da vida nos ensinam como se sofre e nos permiti manifestarmos o nosso amor”.
Alberto nos últimos servia o Senhor. Estava com ele especialmente nos momentos de oração, no seu diálogo com Deus ao qual se elevava trazia no coração os pobres, os irmãos mais caros.


“Eu desejaria sofrer por todos eles”

Em 1942 Luigi Gedda, presidente nacional da nacional da “Ação Católica”, tinha dado vida a “Sociedade Operária”, como movimento de espiritualidade.
O ponto central desta espiritualidade esta nas palavras pronunciadas por Jesus no Getsemâni: “Pai não se faça, todavia, a minha vontade, mas sim a tua”. Pedia aos seus partidários que cumprissem sempre, em todas as circunstâncias, a vontade de Deus e de fazer uma amorosa busca para dirigir os próprios pensamentos e a própria vida.
Alberto se sentia em sintonia com esta “espiritualidade getsemânica” e entrou a fazer parte da sociedade operária em 2 de janeiro de 1946.
Recitava todos os dias o “símbolo operário”, o ofício de Nossa Senhora. A descoberta do Getsemâni, no seu último ano de vida, foi o aperfeiçoamento da sua espiritualidade, que sempre tinha contemplado no mistério do sofrimento de Cristo e de todos os homens.
Há uma frase no seu Diário que denota um amor imenso pela Cruz de Cristo: “Visita-me ainda que com a Cruz, Jesus, que feliz de ajudar-te a suportá-la.” “Jesus eu tenho a Ti, desejo viver para Ti, partir e sofrer por Ti, como Tu”. “Faz sofrer qualquer coisa, a morte não excluo, antes eu que os outros… eu desejaria sofrer por todos eles”. “A meditação do Getsemâni prepara a alma a suportar a dor – e transforma também esta em fonte de gozo espiritual”.
No verão de 1942, depois de uma longa reflexão, decide a sua vocação, que nos anos anteriores havia oscilado entre uma consagração religiosa e o sacerdócio. Agora está decidido em formar uma família e escolhera para ser sua companheira Marilena Alde de Lecco, que havia conhecido em Rimini, durante as férias de verão, nos anos do Liceu, e com a qual criara um forte laço de amizade espiritual. Alberto decidi declarar a Marilena a sua intenção. Em 27 de agosto põe a escrever uma longa carta “…foi na segunda-feira que hei sentido bater de novo o meu coração por você, depois que eu a vi sempre bela e com olhos um pouco triste, mas muito bonita. Poderia ser esta a chamada que está despertando o amor?”


A carta não foi respondida.

Também para esta dor Alberto estava preparado: “Amo muito o Senhor para rebelar-me ou chorar sobre sua vontade… a esta vontade devemos sacrificar as satisfações dos nossos desejos e ideais terrenos”.


O último dia

Sábado, 05 de outubro de 1946, véspera das eleições administrativa, são 20:30 h. Alberto sai de casa de bicicleta para ir a um comício eleitoral. Nem havia tido tempo para o jantar, estava pois indo à igreja de Santa Cruz para adoração eucarística.
Alberto percorre a rua Rainha Helena, e a duzentos metros de sua casa, um caminhão dos aliados, depois de ter ultrapassado um ônibus elétrico, retorna a sua direita, e colide violentamente com a bicicleta e arremessa Alberto contra um muro do jardim de uma casa, e desaparece veloz no escuro.
Alberto é levado para casa paroquial não muito distante do local do acidente: não retorna a consciência e depois de duas horas de agonia morre, junto ao seu lado estava a mãe e os dois irmãos, prostrados pela dor.
O corpo foi imediatamente preparado. Alberto, vestido de branco, com o aspecto de adormecido, estava sereníssimo. A noite toda foi velado pelos amigos e pelo padre, pouco distante do local quantos os haviam conhecido.
Choravam e rezavam. O funeral foi um triunfo. O caixão foi trazido nos ombros pelos amigos, da igreja ao cemitério, em um cortejo que se estendia por cerca de três quilômetros. Estava toda Rimini: o velho prefeito socialista, os políticos, os administradores, os amigos, os pobres. À passagem do funeral, todos abaixavam as portas das lojas, o sino da igreja replicava, as pessoas ao longo do trajeto se ajoelhavam e muitos choravam.
Foi sepultado no cemitério de Rimini, com uma simples lápide, no qual estava escrito: Alberto Marvelli, operário de Cristo.


Se a semente não morre, não produzirá frutos

A sua fama de santidade – afirma Benigno Zaccagnini – já era difundida entre quanto os conheciam quando ainda era vivo. Depois da morte vem espontaneamente muitos a orar e invocá-lo: pedindo graça, ajuda, intercessão.
Crescendo sempre mais a fama de santidade, em 13 de julho de 1975 se inicia o processo com a instauração do Tribunal Diocesano. Em 22 de março de 1986 é reconhecido a heroicidade de sua virtude e proclamado venerável. Seus restos mortais são traslado do cemitério para a igreja de Santo Agostinho em Rimini, meta de peregrinações, de visita e de oração.
Um álbum, ao lado da tumba, recolhem pensamentos, pedidos de graças e agradecimentos.
Em agosto de 1991, se atira sobre a tumba de Alberto o Prof. Tito Malfatti, médico bolonhês que está afligido por uma dolorosa “lombociatalgia com hérnia discal L4 L5 do tipo mediano e paramediano esquerdo – retrolistese l4 l5”
O prof. Malfatti não está mais em condições de exercitar sua profissão: manca vistosamente, não se sustenta em pé, os músculos da coxa esquerda estão afilando-se.
Pede um mês de licença à Direção Sanitária do seu hospital. Consulta todos os melhores especialistas na matéria: não encontra alguma ajuda, ninguém lhe dá esperança de uma completa recuperação. Por sugestão da cunhada, é levado a tumba de Alberto Marvelli em Rimini para pedir a graça da cura. Por volta de uma semana as dores desaparecem, o médico retorna a seu trabalho normal.
Em 07 de julho de 2003 o Papa São João Paulo II solenemente declara “que se trata de um milagre obtido de Deus pela intercessão do venerável Servo de Deus Alberto Marvelli, a recuperação bastante rápida, completa, duradoura do prof. Tito Malfatti.”

Alberto Marvelli é proclamado Beato em 05 de setembro de 2004, em Loreto, por São João Paulo II.


CRONOLOGIA

·       21/março/1918 – nasce em Ferrara Alberto Marvelli.
·       Junho 1930 – em Rimini Alberto freqüenta o oratório salesiano e se inscreve na Ação Católica.
·       Outubro 1933 – começa a escrever um Diário, que é a história da sua vida interior
·       Junho 1936 – obtém o diploma do 2º grau e se inscreve na Faculdade de Engenharia Mecânica da Universidade de Bolonha
·       30/setembro/1939 – é vice presidente diocesano da Ação Católica
·       Julho 1941 – parte para o serviço militar em Trieste e, depois em Treviso
·       1/novembro/1943 – inicia os bombardeios sobre Rimini. Alberto torna operário da caridade
·       21/junho/1945 – é Presidente dos Profissionais Católicos
·       23/setembro/1945 – na Prefeitura, como Assessor dos Trabalhadores Públicos
·       Setembro 1945 – se inscreve no partido da Democracia Cristã
·       Abril 1946 – Candidato nas eleições administrativa pela Democracia Cristã
·       5/outubro/1946 – morre atropelado por um caminhão militar

Bibliographie

Immagini, cartoline, opuscoli, estratti da riviste vengono inviati gratuitamente su richiesta al Centro Documentazione Alberto Marvelli.
Centro Documentazione Alberto Marvelli
Via Cairoli 69 – 47900 Rimini ( Italia)
Tel. e fax +39.0541. 787183
e-mail: infocentromarvelli@gmail.com




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