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sexta-feira, 20 de março de 2015

Beata Marta Amada Le Bouteiller, Virgem da Congregação das Irmãs das Escolas Cristãs da Misericórdia.


Amada Adélia Le Bouteiller nasceu ano dia 02 de dezembro de 1816 em Percy (França), terceira de quatro filhos de André e Maria Francisca Le Bouteiller Morel, pequenos proprietários e tecelões.
Na escola teve como educadora a terciária carmelitana Irmã Maria Farcy, professora há 48 anos, que muito influenciava na formação das jovens da paróquia e certamente inspirou a vocação religiosa de Amada Adélia.
Em 1º de setembro de 1827 o pai morreu com apenas 39 anos de idade. Infelizmente, na época, uma ocorrência comum. A mãe ficou sozinha com quatro filhos, teve de criá-los e apoiá-los ajudada pelos filhos mais velhos; Amada, que tinha quase onze anos, continuou seus estudos e ao mesmo tempo tinha que cuidar da casa.
Em 1837, seus dois irmãos se casaram e Amada, com 20 anos, começou a trabalhar como empregada doméstica para ganhar a vida.
Com a Irmã Farcy, organizadora da paróquia, ela ia todos os anos em peregrinação a Chapelle-sur-Vire, a cerca de 15 km de Percy, e nesta localidade entrou em contato com a Congregação das Irmãs das Escolas Cristãs da Misericórdia, fundado em 1804 por Santa Maria Madalena Postel (1756-1846), para a educação da juventude.
Atraída pela sua espiritualidade, aos 25 anos, em 19 de marco de 1841, ela decidiu dar-se totalmente a Deus e entrou na Abadia de Saint Sauveur-le-Vicomte, aceita pela fundadora de oitenta e quatro anos, que apesar de sua idade era de grande vitalidade e com dons carismáticos.
Amada teve como mestra de noviças a Beata Plácida Viel (1815-1877), que após a morte da Fundadora, levou a Congregação a um desenvolvimento incrível.
Quando Amada ingressou, as cinquenta freiras estavam envolvidas na construção da igreja da abadia e dos prédios antigos, que foram encontrados em ruínas quando elas entraram. A vida era austera, levando em conta os anos de fome que se vivia, mas isto não assustou Amada, acostumada com as dificuldades que sua família sofreu após a morte prematura de seu pai.
A 14 de setembro de 1842, ela recebeu o hábito religioso com o nome de Irmã Marta. No inverno seguinte, sendo ainda noviça, Madre Postel mandou-a para a Casa de La Chapelle-sur-Vire, que Irmã Marta conhecia bem, para ajudar nos serviços materiais da comunidade.
Um dia, ao lavar a roupa nas águas geladas do Rio Marquerand, escorregou de sua mão um lençol puxado pela correnteza; em uma tentativa de pegá-lo ela deslizou na água gelada o que causou um início da paralisia das pernas, por isso foi mandada de volta para a Abadia.
Ali ela teve um colóquio com Madre Madalena Postel que assegurou que ela não seria enviada para casa, apoiando as mãos sobre seus joelhos, ela prometeu rezar por ela; curada pouco depois, Irmã Marta atribuiu sua recuperação à Madre.
Em 07 de setembro de 1843 ela fez sua primeira profissão na Abadia Casa Mãe da Congregação. Irmã Marta foi designada para a cozinha, para trabalhar nos campos e, em seguida, tornou-se a economa de confiança da Madre Fundadora, uma tarefa que ocupou por quase 40 anos até sua morte; fez tudo em espírito de obediência, ela fez de maneira grande as coisas pequenas.
Sua vida religiosa transcorreu no serviço de Deus e das irmãs, sempre simples e jovial na execução dos serviços mais humildes; dedicada à oração e à meditação, alimentou a sua espiritualidade lendo autores da chamada "Escola Francesa de Espiritualidade".
Cuidava dos domésticos e dos trabalhadores que prestavam serviço à Abadia, também dos hospedes de passagem; distribuiu o vinho para 250 pessoas por dia e durante a guerra chegou a 500 pessoas.
Diz-se que, durante a guerra entre a França e a Alemanha, quando os estoques da abadia exauriram pavorosamente, Irmã Marta pendurando na parede uma imagem de Madre Madalena, morta há algum tempo, rezou intensamente e a partir desse momento os estoques de 'cidra’ (vinho) e outros alimentos não acabaram.
No inverno de 1875-1876, Irmã Marta, agora em seus sessenta anos, caiu e fraturou a perna; a longa convalescença, somando-se a morte de sua mãe e da amada Irmã Plácida, sua confidente, foram suas grandes provações. Ela suportou-as sem deixar de atender os interesses da despensa, apoiando-se a um bastão, mas o seu declínio era evidente.
Em 18 de março de 1883, Domingo de Ramos, enquanto ela pretendia levar as garrafas para a cozinha depois do jantar, caiu uma vez e, em seguida, uma segunda vez, tarde da noite, atingida por um acidente vascular cerebral; morreu depois de receber os Sacramentos aos 67 anos.
Ela foi enterrada no cemitério da Abadia de St. Sauveur-le-Vicomte; a causa de beatificação começou em 1933, e em 4 de novembro de 1990 o Papa João Paulo II a beatificou.
Fonte: blog Heroínas da Cristandade e site www.santiebeati.it


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