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domingo, 7 de junho de 2015

SANTO ANTÔNIO MARIA GIANELLI, Bispo e Fundador.


Hoje, trago ao conhecimento dos leitores do blog Santos, Beatos, Veneráveis e Servos de Deus a vida de mais um "santo desconhecido", não digo tanto na Itália, sua terra natal, mas, em nosso país. Pertenceu ao nobre quadro de santos do Séc. XIX que sentiram de Deus forte chamado a se dedicar a obras sociais, a amparar os desvalidos, numa Europa devastada por conflitos, guerra, decadência moral, social e pela fome. 
Antônio Maria Gianelli nasceu em Cereta, na Itália, no dia 12 de abril de 1789, ano da Revolução Francesa. Sua família era de camponeses pobres e neste ambiente humilde aprendeu a caridade, o espírito de sacrifício, a capacidade de dividir com o próximo. Desde pequeno era muito assíduo à sua paróquia e foi educado no Seminário de Gênova.
Aos vinte e três anos estava formado e ordenado sacerdote. Lecionou letras e retórica e sua primeira obra a impressionar o clero foi um recital organizado para recepcionar o novo Bispo de Genova, Monsenhor Lambruschini. Intitulou o recital de “Reforma do Seminário”, assim tranquilo, direto e com poucos rodeios, defendia a nova postura na formação de futuros sacerdotes. A repercussão foi imediata e frutificou durante todo o período da restauração pós-napoleônica.

Entre as múltiplas atividades deste santo lígure, da província de Gênova, está uma associação de nome insólito por ter sido fundada por um pároco, a “Sociedade Econômica”, embora de finalidades evangélicas. Propunha-se, com efeito, a educar e assistir moralmente as jovens, confiadas aos cuidados das “Damas da Caridade” - um nome igualmente inusitado, mudado em 1829 para o bem conhecido “Filhas de Maria Santíssima do Horto”, também chamadas de Irmãs Gianellinas. A Congregação teve um rápido desenvolvimento na América Latina, onde o padre Antônio durante suas visitas era chamado pelo povo de “o santo das irmãs”.

Pároco de Chiavari de 1826 a 1838, não se confinou aos limites de sua vasta paróquia. Um ano depois da nomeação já lançara as bases para a fundação de uma congregação masculina, posta sob o patrocínio de Santo Afonso Maria de Ligório, destinada à aprimorar o apostolado da pregação ao povo e à organização do clero, reunindo jovens sacerdotes para as missões populares e para o amparo de paróquias particularmente necessitadas. Os missionários “Ligorianos” assumiram o nome de Oblatos de Santo Afonso Maria de Ligório.
Eleito bispo de Bobbio em 1837, introduziu na diocese as reformas já promovidas como pároco de Chiavari, instituindo um seminário. Neste reapresentava aos estudantes de filosofia e de teologia a negligenciada Summa de Santo Tomás de Aquino, em um momento singular, em razão do avanço de um positivismo ateu e de um racionalismo que se haviam infiltrado até mesmo entre os estudiosos católicos.
Cuidou, pois, da formação do clero com mão enérgica, removendo párocos pouco zelosos e recorrendo com frequência à colaboração de seus oblatos. Pastor vigilante, mas caritativo e compreensivo, tomista convicto, mas não fechado às novas correntes do pensamento e à renovação da filosofia escolástica, que naqueles anos fermentava em torno do grande pensador e santo sacerdote Antônio Rosmini.
D. Gianelli morreu no dia 07 de junho de 1846, aos 57 anos, depois de uma vida relativamente breve, mas intensa, dedicada com coração e espírito de missionário às obras benéficas no campo religioso e social. Na obra escrita que deixou expõem seu pensamento “revolucionário”: a moralidade do clero na vida simples e reta de trabalho no seguimento de Cristo. Reacionária para aqueles tempos tão corrompidos pelo fausto napoleônico das cortes que oprimiam o povo cada vez mais miserável. Portanto um tema atual que deve ser lembrado sempre nas sociedades de qualquer tempo.


Foi canonizado por Pio XII, a 21 de outubro de 1951. Suas instituições femininas ainda hoje florescem, principalmente na América Latina. Por este motivo ainda é chamado de o “Santo das Irmãs”.

Um comentário:

Unknown disse...

Obrigado por sua cooperação com a graça de Deus, cujo resultado traduz-se neste trabalho aqui desenvolvido.

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