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sábado, 23 de janeiro de 2016

SÃO SALVADOR DE HORTA, Irmão Franciscano e Taumaturgo.



Este santo é realmente uma figura ímpar, um santo muito pobre, humilde, quase analfabeto, desprezado e até perseguido antes de ser reconhecido como o “grande taumaturgo do século XVI”.

Nascido na Espanha, em Santa Colomba de Farnés, perto de Gerona, em dezembro de 1520, de uma família pobre, pobre continuou ao longo de sua vida. Ficou órfão quando era adolescente. Deixou sua terra natal para procurar trabalho em Barcelona, onde aprendeu o ofício de sapateiro no qual poderia se sustentar e também ajudar no sustento de sua irmã mais nova, Blasia. Uma vez casada sua irmã, Salvador foi seguir sua vocação à vida religiosa. De Barcelona, foi para a Abadia de Montserrat, onde foi recebido pelos beneditinos, que esperavam tê-lo como um dos seus “irmãos conversos” (que não participam do coro), mas a vocação de Salvador foi de extrema pobreza e humildade, por isso não vestiu o hábito beneditino, mas, retornou a Barcelona e tomou o hábito franciscano.

Em 03 de maio de 1551 foi recebido no convento de Barcelona, onde ele rapidamente chamou a atenção dos religiosos por sua grande piedade e humildade. A ele foram confiados os trabalhos mais simples e cansativos. Ao redor deste irmão humilde do convento, os milagres começaram a aparecer cada vez mais numerosos e barulhentos.

Tanta humildade incitou o ódio do maligno, que odeia essa virtude de forma especial. Logo se viu diante da falta de compreensão de seus confrades e da hostilidade religiosa de seus superiores. Pensavam que o pobre irmão estava possesso pelo demônio. Foi isolado e, para ser “libertado do demônio” foi exorcizado. Mas, os milagres continuaram e o desconcertante caso foi levado para a Inquisição, que não se pronunciou. Ao contrário, o povo foi mais lúcido que os próprios frades para reconhecer a santidade e a ação do Espírito Santo em Frei Salvador. O Senhor e a Virgem Maria dignaram-se consolá-lo com êxtases e visões. 

Em torno do irmão desprezado se juntou uma multidão de carentes, doentes, aflitos, entre os quais se multiplicaram os feitos prodigiosos. Para removê-lo da curiosidade popular, Frei Salvador foi transferido de convento para convento. Ele sempre manteve a paz e serenidade em sua longa e humilhante peregrinação, feliz em seu trabalho cotidiano e mergulhado em fervorosa oração.

Finalmente foi transferido para o mosteiro de Santa Maria de Jesus, onde para finalmente encontrou um verdadeiro paraíso de paz, nos últimos dezoito meses de sua vida. Morreu aos 47 anos em Cagliari, em 18 de março de 1567. Seu túmulo tornou-se famoso por seus milagres. A santidade que não foram capazes de reconhecer seus irmãos, sempre foi reconhecida pelo povo de Deus em todos os lugares onde foi enviado Frei Salvador.
Atualmente, seu corpo é venerado na igreja de Santa Rosália. Foi solenemente canonizado por Pio XI em 17 de abril de 1938.







Fonte: “Santos Franciscanos para cada dia”, Ed. Porziuncola.

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